BIOMAS BRASILEIROS PARA INOVAÇÃO EM ALIMENTOS: AMAZÔNIA – PARTE II

O Bioma Amazônico possui uma grande riqueza de plantas, frutas e animais, podendo ser considerado um dos biomas com maior diversidade biológica e de recursos naturais do planeta.

Mesmo sendo brasileiras, sentimos falta de encontrar mais produtos com a nossa biodiversidade. Vemos sempre mais do mesmo sendo lançados no mercado, por que será? São raros os produtos nas gôndolas que realmente trazem como inovação o gostinho nativo do Brasil. Se temos uma biodiversidade tão rica, por que insistimos no que está lá fora e não valorizamos o que está aqui no desenvolvimento de novos produtos?

Para desenvolver produtos com a biodiversidade brasileira, sobretudo amazônica, é necessário pensar não somente no produto final e seu potencial de mercado, mas também na cadeia produtiva desses novos ingredientes e os elos envolvidos em cada um deles. Nem sempre as cadeias estão maduras o suficiente para comercializarem seus bioativos, para isso ainda é preciso: investir em infraestrutura, tecnologia e dar voz aos pequenos produtores e comunidades.

O artigo de hoje fala de potencialidades dentro da Amazônia olhando para as tendências de mercado. Porém, é importante ressaltar que nem todos os ingredientes têm suas cadeias desenvolvidas, portanto antes de inovar com novos sabores e funcionalidades é preciso desenvolvê-las, pois só assim a economia da floresta será impulsionada, gerando renda para as comunidades e conservando a biodiversidade.

 

Araras voando na floresta Amazônica

RIQUEZAS AMAZÔNICAS E COMO INOVAR COM ELAS

A indústria alimentícia possui um forte papel sobre os estilos de vida e dietas da população. Um dos seus maiores desafios é atender a demanda dos consumidores por produtos que sejam atraentes, saborosos e, ao mesmo tempo, funcionais e nutritivos, ou seja, que tragam benefícios à saúde e bem-estar, além do prazer do sabor dos alimentos (SAAD et al., 2011).

As riquezas amazônicas, brasileiras, são repletas de nutrição e funcionalidade. Os alimentos funcionais são aqueles que, além de fornecerem a nutrição básica, são capazes de promover a saúde. Os mecanismos de promoção da saúde destes alimentos não são previstos através da nutrição convencional, por isto, deve-se enfatizar que esse efeito se restringe à promoção da saúde e não à cura de doenças (SAAD, 2006). A classificação de um alimento funcional se dá conforme a própria composição nutricional do alimento ou conforme os componentes bioativos que estão presentes nele, por exemplo, probióticos, fibras, vitaminas, fitoquímicos, minerais essenciais, aminoácidos, dentre outros.

A maioria das tendências para 2021 e próximos anos focam na saúde. Portanto, investir em alimentos funcionais, com ingredientes inteligentes (chamamos assim os ingredientes em que o público já conhece suas funcionalidades ou, ao digitarem na internet, já encontram com facilidade), é uma ótima oportunidade de destaque no mercado.

Fazendo um apanhado, enumeramos aqui nosso ranking de tendências:

1) Plant-based: Só o mercado de análogos de carne valerá US$ 21 bilhões até 2025. Já os análogos de lácteos gerou quase 14 bilhões em 2018 e alcançará US$ 36 bilhões até 2025.

2) Fermentação e modificação genética de microrganismos: Com os avanços das tecnologias fermentativas, não só será possível reproduzir produtos de origem animal, como melhorá-los. Em Israel, a Remilk acabou de reproduzir o leite de vaca, com características sensoriais e nutricionais similares, porém sem lactose e colesterol. Sendo que a proteína é quimicamente idêntica à do leite de vaca.

3) Sustentabilidade e Ética: A pandemia acelerou a exigência por marcas que possuem iniciativas sustentáveis, de inclusão, justiça social e de caridade. Foco agora é pensar no todo (visão holística). Não só lançar um produto, mas fazer a diferença por um futuro melhor.

4) Saúde Digestiva e Imunidade: Os consumidores já entendem que uma microbiota saudável traz benefícios ao organismo como um todo, principalmente pensando em imunidade e bem-estar.

5) Saúde Mental e Emocional: O isolamento e excesso de trabalho em casa aceleraram a preocupação com a saúde mental e as empresas vão se preocupar mais em promover o bem-estar mental de acordo com o estilo de vida atual das pessoas.

6) Carnes cultivadas: Não só carnes, mas também leite e ovos. Alimentos reproduzidos em laboratório por meio de células animais já são uma realidade e Singapura foi o primeiro país a liberar sua comercialização. Uma matéria que saiu na Forbes afirmou que o mercado global de carne cultivada está estimado em US$ 15,5 milhões em 2021 e US$ 20 milhões em 2027. A previsão é de que 35% de toda a carne será cultivada até 2040.

7) Bebidas com baixo teor alcoólico: O consumo de álcool já vem diminuindo, principalmente na geração mais jovem. À medida que a sede dos consumidores por bebidas com baixo ou zero teor alcoólico continua a crescer, os fabricantes de bebidas estão criando produtos inovadores que satisfazem o mercado, ao mesmo tempo que apelam às tendências de saúde, bem-estar e sustentabilidade. Águas saborizadas, drinks em lata, chás, vão bombar.

8) Ingredientes funcionais: probióticos, prebióticos, especiarias, ervas, vitaminas, minerais, antioxidantes. Até bebidas alcoólicas que possuem apelos funcionais estão em alta. Os consumidores estão prezando cada vez mais por produtos saudáveis e que trazem benefícios ao seu organismo.

9) Indulgência + Saudabilidade: Apesar da tendência e aumento da demanda por produtos saudáveis, as pessoas querem sabor e alimentos que saciem seus desejos. Produtos que possuem apelos funcionais e saudáveis, mas que se inspirem em sabores indulgentes, estarão ainda mais em alta.

10) Conveniência: Com as pessoas trabalhando cada vez mais em casa, tendo que cuidar de todos os afazeres domésticos, dos filhos e animais de estimação, refeições prontas, lanches, que sejam convenientes e saudáveis estão sendo cada vez mais requisitados.

 

COMO CRIAR CONCEITOS E INOVAR COM A AMAZÔNIA, SEGUINDO AS TENDÊNCIAS?

 

SAÚDE IMUNOLÓGICA

 

Essa é uma tendência das mais faladas atualmente. Muitos produtos apareceram nas gôndolas com conceito focado no fortalecimento da imunidade.

A Solucionária já vem falando desse conceito desde o ano passado, com a série “Nova Onda de Alimentos Imuno”:

Sorvetes Probióticos: https://lnkd.in/dYftaCr

Refrigerantes Saudáveis: https://lnkd.in/dSp-_hF

Spiced Milks: https://lnkd.in/dbxnw2D

“Iogurtes” Plant-Based: https://lnkd.in/d4_FUT7

Kombucha: https://lnkd.in/dD6wkcE

Prebióticos, Probióticos e Simbióticos: https://lnkd.in/dTKKpeU

A seguir, trazemos alguns produtos que inovaram com a biodiversidade amazônica.

 

CAMU CAMU

PIPOCA COM CAMU CAMU

Todo mundo sabe que vitamina C é essencial para manter o sistema imunológico a todo vapor. Esta vitamina é indicada para o fortalecimento do sistema imune e como prevenção de gripes e resfriados. Uma fruta Amazônica, riquíssima em vitamina C é o Camu Camu, cujo consumo pode fortalecer o sistema imunológico, porque possui propriedades antioxidantes e flavonoides que auxiliam no envelhecimento saudável e previne outras doenças, além de atuar no controle de glicemia e na pressão arterial do corpo.

Alinhada à tendência de Indulgência + Saudabilidade com a tendência de Imunidade, a Mãe Terra trouxe um conceito bem exótico e delicioso para sua linha de pipocas saudáveis e orgânicas. A NUPOCA Doce é colorida naturalmente com Camu Camu (MÃE TERRA, 2021). Podem até não ter lançado a pipoca focando em imunidade, mas achamos sensacional a ideia de colorir com camu camu e já agregar seus nutrientes ao produto.

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CHOCOLATE COM BARU E CAMU-CAMU

A Chocolife trouxe uma linha incrível de chocolates, super nutritiva e com a biodiversidade brasileira. Com 5 deliciosos e nutritivos sabores,a linha é zero adição de açúcares, zero glúten, zero lácteos, zero soja, zero gordura trans e 100% vegano. A inovação de sabores é bem exótica, uma delas é com baru e camu camu. “A castanha do Baru, fruto do baruzeiro, nativo do cerrado Brasileiro, contribui com sua crocância e seus nutrientes derivados de sua fração proteica e oleosa, além do seu poder antioxidante. Mixado com o Camu camu, fruto de origem amazônica, com altíssimas concentrações de vitamina C, eles se harmonizam com o cacau 67%, resultando em um chocolate deliciosamente encorpado” (CHOCOLIFE, 2021).

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CASTANHA-DO-PARÁ OU CASTANHA-DO-BRASIL

Nossa querida e tão recomendada pelos nutricionistas, Castanha-do-Pará (agora conhecida já mundialmente como Castanha-do-Brasil), possui nutrientes que podem contribuir para uma imunidade forte. Apesar de que nenhum alimento/nutrientes isolado é capaz de contribuir na imunidade, a Castanha-do-Pará é riquíssima em selênio, um poderoso antioxidante, podendo ser considerada um alimento com alegação de propriedade funcional devido sua composição nutricional.

Devido ao alto poder antioxidante, pode auxiliar a prevenir doenças como o câncer e a fortalecer o sistema imunológico, além de proteger o contra problemas cardíacos como a aterosclerose. Porém, seu consumo não deve ser ilimitado, já que quantidades excessivas de selênio podem ser tóxicas. O recomendado é ingerir cerca de 55 microgramas de selênio por dia, sendo o limite máximo permitido de 400 microgramas. Uma única castanha possui entre 200 a 400 microgramas (SILVA, 2020).

 

PÃO COM CASTANHA-DO-PARÁ

Wickbold tem em sua linha alguns produtos com a biodiversidade brasileira, com destaque para o Pão de Castanha-do-Pará e Quinoa. Porém, recentemente, lançaram a linha raízes, a qual “traz brasilidade e simplicidade nas combinações surpreendentes de sabores da nossa terra”. Os produtos são preparados com ingredientes veganos e nativos do Brasil. A empresa afirma que a linha te levará a uma “experiência sinestésica e única. Da floresta ao sertão, mistura de cores, sabores e aromas” (WICKBOLD, 2021).

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O mais interessante disso tudo é que a Wickbold, desde 2015, é parceira da Origens Brasil, uma “rede que promove a compra de castanhas-do-pará de comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhos”. Assim, a empresa contribui para o desenvolvimento da economia da região amazônica, preservando o meio ambiente e incentivando as comunidades, por meio de uma economia verde e sustentável. Portanto, a empresa mostra que realmente querem cuidar do meio ambiente e levar mais bem-estar, sabor e saudabilidade aos consumidores (WICKBOLD, 2021).

Um dos produtos da linha Raízes traz farinha de babaçu em seus ingredientes, um fruto da Amazônia. Da palmeira do Babaçu se aproveita quase tudo: “as folhas são utilizadas na armação de cobertas para casa e, nos períodos de seca, para alimentação animal. As fibras destas mesmas folhas são utilizadas para produzir cestos, peneiras, esteiras, entre outros produtos artesanais. Seu estipe é utilizado na marcenaria e, algumas vezes, como adubo natural. É possível ainda extrair o palmito e, do caule da palmeira jovem, uma seiva que, fermentada, produz vinho” (CERRATINGA, 2021).

 

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Fonte: CERRATINGA – No primeiro plano um cacho de babaçu. No segundo plano, palmeiras da espécie (Foto: DoDesign-s)

 

Do fruto, também se faz bom proveito. Quando as amêndoas estão verdes, é possível extrair um tipo de seiva, com aspecto e propriedades nutritivas semelhantes ao leite humano, sendo bastante utilizado na culinária. Do mesocarpo do coco, pode-se extrair a farinha, também chamada pó de babaçu, a qual é muito nutritiva e é usada como complemento alimentar, para fazer bebidas, bolos, mingaus etc. Tem propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e é rica em fibras (CERRATINGA, 2021).

 

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Fonte: CERRATINGA – Babaçu sendo descascado por quebradeira. Foto: Peter Caton/ISPN

 

Pensa só: tanto se vê em lançamentos de produtos plant-based, análogos de lácteos, tendência tão forte e com mercado crescente, e por que ainda não vemos um “leite” de amêndoas de babaçu verde?

Outro alimento importante a desenvolver a cadeia, é o tucumã. Ele é um vegetal nutritivo, do qual o mesocarpo é considerado uma fonte alimentícia rica em compostos pró-vitamina A (aproximadamente 2 mil microgramas/100g de fruto), lipídeos de alto valor (correspondente à 40% da polpa), além das fibras (cerca de 11%).

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O fruto possui um teor vitamínico três vezes maior do que a cenoura e noventa vezes maior do que o abacate, superando três vezes a necessidade diária de vitamina A recomendada para um homem adulto, este teor elevado em provitamina A, principalmente dos carotenoides, confere-lhe uma capacidade antioxidante elevada. Segundo Rodriguez-Amaya (1996) este fruto encontra-se entre os de maior concentração de carotenóides (β caroteno), sendo superado somente pelo buriti (Mauritia flexuosa L.) e estando à frente da pupunha (Bactris gasipaes) (RODRIGUEZ-AMAYA, 1996).

Com todas essas propriedades, o que mais se vê são produtos cosméticos, como a linha de Tucumã recém-lançada pela Natura. Mas sendo ele um super ingrediente, o que poderíamos trabalhar para despontar esse alimento e suas propriedades na indústria de alimentos?

 

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SAÚDE DIGESTIVA

microbiota intestinal humana possui um papel fundamental na saúde, pois ela é responsável pela absorção de nutrientes, liberação de hormônios, eliminação de toxinas, combate a doenças, dentre outros. O intestino é um órgão essencial, ao cuidar da saúde do intestino, consequentemente, melhorias na saúde do organismo como um todo são observadas, ou seja, o indivíduo terá mais disposição e menores riscos de desenvolvimento de doenças, alergias, intoxicações, inflamações e intolerâncias.

A suplementação da dieta com probióticos e prebióticos pode garantir o equilíbrio da microbiota intestinal. Probióticos são microrganismos vivos que, ao serem administrados em quantidades adequadas, garantem benefícios à saúde do organismo humano. Prebióticos são carboidratos que não são digeridos pelo organismo humano, mas que afetam positivamente na saúde do intestino, por estimularem seletivamente a proliferação e/ou atividade de populações de bactérias que são benéficas ao organismo. Um produto simbiótico é aquele no qual um probiótico e um prebiótico são combinados sinergicamente a fim de garantir uma maior funcionalidade ao produto (SAAD, 2006).

Estudos sobre a fisiologia do intestino, a composição e a atividade da microbiota intestinal, têm atraído grande interesse para o desenvolvimento de produtos funcionais, confirmando-se pelos recentes desenvolvimentos na área de fermentados, de probióticos, prebióticos e simbióticos.

MERCADO

Uma pesquisa da 360 Market Updates estima que o mercado de suplementos para a saúde digestiva deve registrar um CAGR de 5,8% durante o período de 2018 a 2023. Este mercado passou por grandes mudanças nos últimos anos e espera-se que cresça a um ritmo constante nos próximos dez anos. Junto com os benefícios da saúde digestiva, esses produtos agora também reivindicam os benefícios do suporte imunológico, benefícios para a saúde das mulheres, melhoria da absorção de nutrientes e até mesmo suplementos que ajudam na saúde cerebral e cardiovascular (360MU,2018).

O segmento de suplementos deve atingir US $ 7,08 bilhões até 2025, devido à crescente demanda por alimentos e suplementos nutricionais nos países em desenvolvimento (GVR, 2019).

O mercado de saúde digestiva está sendo impulsionado pela mudança de paradigma em relação às práticas de gestão preventiva da saúde em meio ao aumento dos custos de saúde e ao aumento da carga de doenças relacionadas ao estilo de vida (360MU,2018).

A fim de atender à crescente demanda do consumidor, os fabricantes estão lançando uma ampla gama de produtos voltados para a saúde digestiva que inclui opções de fermentados e produtos enriquecidos com probióticos. Probióticos, que são as bactérias “boas”, auxiliam na absorção de nutrientes e fortalecem o sistema imunológico (360MU,2018).

O segmento de probióticos no mercado global de suplementos de saúde digestiva experimentará um rápido crescimento de 5,31% de 2018 até 2023, devido ao crescente número de pesquisas e descobertas em torno da microbiota e dos efeitos das bactérias intestinais em saúde, muito além da digestão. Os prebióticos ajudam a modular a microbiota e aumentar a absorção de minerais, enquanto as enzimas digestivas quebram os macronutrientes em componentes menores para facilitar a absorção eficiente desses nutrientes (360MU,2018).

Já o mercado de alimentos e bebidas que focam na saúde digestiva está estimado a crescer a um CAGR de 7,3% de 2018 a 2025, segundo a GVR. Estima-se que pode chegar a US $ 57,54 bilhões até 2025 (GVR, 2019).

Portanto, é uma tendência e tanto, ainda mais unindo com as tendências pós-covid em que os consumidores estão preocupados em manter sua imunidade bem forte a fim de prevenir doenças.

PRODUTOS

Pensando na tendência de saúde digestiva, trazemos aqui alguns produtos interessantes que já foram lançados e algumas ideias de produtos possíveis para se lançar.

KOMBUCHA DE NIBS DE CUPUAÇU E MARACUJÁ

Tao Kombucha em parceria com a AMMA Chocolate inovaram lançando uma série de sabores de Kombucha chamada “Pazeres da Mata”. Nela, tiveram a versão TAO de NIBS DE CUPUAÇU E MARACUJÁ. “A sinergia entre as duas empresas foi criada a partir da partilha dos valores que ambas carregam ao trazer uma conscientização maior dos alimentos que consumimos, utilizando e valorizando os ingredientes presentes em nosso ecossistema e acima de tudo respeitando a natureza e o mundo em que vivemos – desfrute conosco os prazeres que ele pode oferecer ao se aventurar pelos sabores escondidos da MATA” (TAO, 2021).

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Kombucha é uma super tendência na qual se pode explorar ainda mais nossos ricos produtos da biodiversidade brasileira, como o caso da Tao Kombucha que trouxe o cupuaçu, fruto amazônico, na bebida. Porém, não bastasse inovar com o cupuaçu, trouxeram o apelo de misturar bebida com ingredientes mastigáveis, inserindo a versão de nibs de cupuaçu.

Originária da Ásia, a Kombucha é uma bebida probiótica feita por meio da fermentação de um chá adoçado, geralmente o chá verde ou preto. A responsável pelo processo fermentativo é a chamada “mãe kombucha” ou SCOBY (sigla para Colônia Simbiótica de Bactérias e Leveduras, em inglês), a qual consiste numa associação simbiótica de bactérias e leveduras, acomodadas numa matriz de celulose sintetizada por bactérias acéticas (SANTOS, 2016). A bebida resultante da fermentação é agridoce, refrescante e levemente gaseificada, lembrando uma sidra. Se quiser saber mais sobre Kombucha, leia nosso artigo: https://lnkd.in/dD6wkcE

 

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Em 2019, o mercado global de Kombucha estava avaliado em US $ 1,67 bilhão. A expectativa é que ele cresça a uma CAGR de 19,7% até 2027. Com a conscientização da população sobre os benefícios nutricionais inerentes ao produto, espera-se uma crescente preferência do consumidor por bebidas funcionais, deixando para trás os refrigerantes, sucos adoçados, néctares, dentre outros. A crescente popularidade do produto pode ser atribuída ao seu sabor único e por sua efervescência, destacando-se entre uma grande variedade de bebidas disponíveis no mercado. Além disto, vários consumidores relataram nas redes sociais uma melhora o funcionamento do corpo, na saúde digestiva e uma elevação nos níveis de humor e energia (GVR, 2020).

Mas cadê outros sabores utilizando mais frutas da biodiversidade da Amazônia? Por que não um Kombucha de Camu Camu, riquíssimo em antioxidantes e vitamina C? Uma kombucha aromática de Cumaru com Abacaxi? ou Cumaru e Cacau? De Açaí com Guaraná?

 

IOGURTE COM POLPA DE CUPUAÇU

Pensando na tendência de saúde digestiva, iogurtes são produtos que o consumidor já enxerga os benefícios para a sua saúde como um todo, sendo muito consumido aqui no Brasil, assim como em vários outros países. Pensando nisso, a Flamboyant lançou um iogurte com polpa de cupuaçu pronto para beber em sua linha Exotic.

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PICOLÉ DE IOGURTE GREGO COM CUPUAÇU

Até picolé e sorvete podemos fazer com foco em saúde digestiva e com a biodiversidade da Amazônia. A empresa Açaí Fruta Brasileira lançou um picolé de iogurte grego com cupuaçu. O foco da empresa pode até não ter sido a saúde digestiva em si, talvez lançaram mais pela inovação e sabor (FRUTA BRASILEIRA, 2021). Porém, os chamados gelados comestíveis podem ser ótimos veículos para os probióticos, como abordamos bem no artigo de Sorvetes Probióticos https://lnkd.in/dYftaCr

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Falando em iogurtes, tem até uma fruta amazônica que é chamada de Fruta Iogurte, o Araçá-Boi. De acordo com Alef Araújo e Thiago Almeida, o araçá-boi recebe o nome de fruta iogurte “devido ao fato de que, ao misturar com o leite, a fruta adquire um aspecto similar ao iogurte de fábrica. É uma fruta com alto valor nutricional, rica em fibras, proteínas e vitamina C. É fonte de cobre, vitaminas do complexo B, como B6 e B3, importantes para o sistema nervoso (ARAÚJO; ALMEIDA, 2020). Com tantos benefícios, cadê produtos no mercado com nosso riquíssimo araçá-boi?

 

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Fonte: https://ciprest.blogspot.com/2016/11/araca-boi-ou-fruta-iogurte-eugenia.html

SAÚDE MENTAL

Principalmente agora com a pandemia do coronavírus, o isolamento, os consumidores começaram a investir ainda mais em sua saúde mental e emocional. Estamos passando por tempos atípicos e difíceis, que exigem muito de nós. Portanto, uma boa alimentação, focada em potencializar a concentração, foco, memória, além de dar aquele gás para conseguir superar os desafios do dia a dia, tornou-se uma prioridade para muitos.

Embora a comida por si só não possa tratar ou curar a depressão, ansiedade ou estresse, comer uma dieta minimamente processada, rica em uma variedade de nutrientes, pode ajudar a manter sua saúde mental.

Dietas ricas em antioxidantes, vitaminas (por exemplo, vitaminas do complexo B), minerais (por exemplo, zinco, magnésio), fibras, aminoácidos, gorduras saudáveis (por exemplo, ômega-3) e outros compostos bioativos, como probióticos, já vêm sendo associados a um melhor bem-estar mental.

Em 2020 e 2021, vários lançamentos apareceram no mercado focando nessa tendência. Vimos empresas de alimentos e bebidas lançando produtos que possuem ingredientes com ênfase na redução do estresse e na melhoria do sono, assim como que melhoram concentração, foco e energia.

Falamos de muitos lançamentos de bebidas aqui: https://lnkd.in/dSp-_hF

Mais visto na Europa e Estados Unidos, já que lá a legislação tem maior flexibilidade com esses compostos, muitas bebidas funcionais foram lançadas contendo compostos redutores do estresse, como os adaptógenos – substâncias que podem ajudar seu corpo a se adaptar ao estresse – e o canabidiol (CBD), a parte não psicoativa da planta de cannabis, que auxilia na prevenção de uma atividade cerebral excessiva, auxiliando no relaxamento e reduzindo alguns sintomas de ansiedade.

 

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Os adaptógenos são uma classe poderosa de vegetais, até mesmo fungos, que cresceram em ambientes muito agressivos e estressantes. Eles não se movem, então eles têm que se adaptar ao meio ambiente em que vivem, então criaram resistência e geraram vários antioxidantes e compostos bioativos para auxiliar na sua sobrevivência.

Um destaque atualmente de ingredientes que potencializam o cérebro e a saúde como um todo são os cogumelos. Os cogumelos comestíveis – tanto cultivados como selvagens – contêm uma grande quantidade de fibras dietéticas, antioxidantes e proteínas, bem como vitaminas e minerais.

 

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Uma nova pesquisa descobriu que as pessoas que integram cogumelos em suas dietas – mesmo que os consumam apenas em pequenas porções – parecem ter um risco menor de comprometimento cognitivo leve (MCI), que muitas vezes precede a doença de Alzheimer, deixando a pessoa com memória fraca e problemas com a linguagem e orientação espacial. Os resultados da pesquisa sugerem que consumir cogumelos pode ajudar a preservar a função cognitiva no final da idade adulta, bem como ajudar a reduzir o risco de MCI (Feng, Lei et al, 2019).

Segundo o centro de neurologia Andersen, aqui temos algumas razões pelas quais os cogumelos ajudam na saúde cerebral (ANDERSEN, 2021):

1)   A niacina e o cobre encontrados nos cogumelos promovem o funcionamento do sistema nervoso. Os cogumelos contêm vitamina B5, necessária para a produção de vários hormônios que desempenham um papel importante no funcionamento adequado do cérebro.

2)   Os fungos, especialmente o cogumelo Reishi, promovem a comunicação entre os neurônios do cérebro. Estudos provaram que os cogumelos Reishi podem ajudar a proteger o cérebro contra convulsões.

3)   Os cogumelos são ricos em antioxidantes, o que ajuda a reduzir a inflamação, frequentemente considerada um dos principais suspeitos da neurodegeneração. Além disso, eles são uma das únicas fontes não animais de vitamina D, um componente necessário para a saúde do cérebro e dos neurônios.

4)   Lion’s Mane é uma variedade de cogumelo conhecida por proteger a saúde cognitiva. Estimula o sistema nervoso e sua proteína promove células cerebrais saudáveis.

5)   Os cogumelos Cordyceps protegem contra a doença de Alzheimer, pois previnem a morte das células neuronais e a perda de memória por meio de seus efeitos antioxidantes e antiinflamatórios. Cordyceps são conhecidos por melhorar a memória e promover o envelhecimento saudável.

 

COGUMELOS YANOMAMI

No Brasil, temos muitos cogumelos ainda a serem mais bem estudados, com propriedades fantásticas. As tribos indígenas da Amazônia já avançaram muito no uso de cogumelos em sua cultura, temos muito o que aprender com elas.

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Fonte: https://cogumeloyanomami.org.br/

 

O Cogumelo Yanomami é o primeiro cogumelo comestível nativo da Amazônia. Em 2016 os brasileiros ganharam essa beleza de presente da floresta. Essa riqueza, além de muito saborosa, carrega consigo o valor do território e do conhecimento indígena. Além disso, os produtos contribuem para a geração de renda das comunidades produtoras, já que sua venda é revertida para os povos Yanomami.

 

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Fonte: Facebook do Instituto Socioambiental – ISA. Foto: Cogumelo Yanomami in natura. Moreno Saraiva Martins.

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Foto: Facebook Cogumelo Yanomami.

PLANT-BASED

A Solucionária é uma empresa especialista em P&D e Inovação com foco em produtos plant-based. E temos muito orgulho porque acompanhamos todo o crescimento deste mercado, já que até 2018 não tínhamos muitos análogos à base de vegetais no mercado. Porém, de 2018 para cá, esses números não param de crescer. Antes o que era considerado apenas uma modinha, não entendido por muitos, hoje é motivo de fazer com que grandes frigoríficos mudem seus slogans de “maiores produtores de proteína animal” para “maiores produtores de proteína”, pois vários deles incluíaram produtos vegetais ricos em proteína vegetal em seus portfólios. Se até esses gigantes optaram por mudar, significa que essa é uma das tendências mais fortes para o futuro e por isso eles estão investindo tando.

Estamos vendo muitos lançamentos surgindo nesse mercado. E quem está investindo nessa categoria, está pensando estrategicamente e com muita inteligência. Dados de uma pesquisa feita pela Zion Market Research estimam que o mercado de análogos de carne, feitos à base de vegetais, valerá US$ 21 bilhões até 2025. O que corresponde a um crescimento anual médio de 8,6% (VEGNEWS, 2020).

Já escrevemos alguns artigos bem interessantes sobre esse mercado:

Análogos de Frango https://lnkd.in/dRa8i_W

Hambúrgueres Plant-Based https://lnkd.in/dfgm7YT

Hambúrgueres Veganos e a diferença dos plant-based https://lnkd.in/d-Z24Zk

Ceia Natalina Plant-Based https://lnkd.in/d5TvfTF

Porém, em todos esses lançamentos, vemos pouco ainda a inclusão de produtos da nossa biodiversidade brasileira. Somente algumas empresas, como é o caso da Amazonika Mundi, que lançou seus produtos com feijão manteiguinha e vários outros ingredientes da Amazônia.

 

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Nosso hambúrguer de falafel conecta a cozinha árabe, da qual o famoso prato é originário, com os saberes e sabores do Norte do Brasil. Além do tradicional grão-de-bico, ele leva feijão-manteiguinha de Santarém. O feijão-manteiguinha é uma variedade do feijão-caupi, mesmo tipo do fradinho. Seus grãos são pequenininhos, de cor clara e sabor levemente adocicado. Ele é típico de Santarém, no Pará, onde é cultivado por pequenos agricultores, que não demoraram a enxergar o potencial desse feijãozinho. Ele aparece nas receitas do Falafel e do Falafel Burger (Amazônika Mundi, 2021).

 

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Foto: Oba Gastronomia, 2021.

Uma outra cadeia com potencial de desenvolvimento é a da pupunha. A pupunheira (Bactris gasipaes) é uma palmeira multicaule nativa do clima tropical úmido da região amazônica. Produz frutos comestíveis denominados pupunha de sabor muito apreciado, fazendo parte dos hábitos alimentares da região amazônica (FERREIRA e PENA, 2003). Os frutos, geralmente consumidos após cozimento em água e sal, podem também ser utilizados na fabricação de farinhas para usos variados, representando uma fonte de alimento potencialmente nutritiva, devido ao seu alto conteúdo de carotenóides (137 microgramas/grama), além de teores consideráveis de fibras (10,5%) e lipídios (11,5%) (YUYAMA et al., 1991; GOIA, 1992; YUYAMA e COZZOLINO, 1996).

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A empresa Terra Amazônia já vende esse produto desidratado. E a pergunta é: O que está faltando para realizarmos testes de novos produtos a partir desse ingrediente?

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Além da fibra para textura, os produtos plant-based precisam da proteína e é aí que o Brasil entra em cheio com a sua belíssima biodiversidade, a qual ainda não é tão explorada, no sentido positivo. Uma possibilidade de fazer aproveitamento de subprodutos e ainda conseguir desenvolver uma proteína vegetal com a biodiversidade brasileira é com os resíduos do cupuaçu.

 

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Com uma produção de cerca de 787 toneladas no ano de 2017, segundo o IBGE, a polpa do cupuaçu é destinada à produção de diversos alimentos (polpa congelada, sorvete, geleias, etc). Dessa produção, gera-se como resíduo as sementes. A semente do cupuaçu possui 9,4% de proteína e 64,9% de lipídeos. Do óleo extraído dessa semente forma-se uma torta com altos teores de proteína (15,2%), fibras (47,6%) e lipídeos (21,0%). A torta de cupuaçu se mostra como uma alternativa para a elaboração de isolados proteicos devido a sua riqueza de aminoácidos essenciais, tornando-se uma fonte de proteína alternativa (GFI, 2021).

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Além do Cupuaçu, o Babaçu (já citado acima, entra também como uma fonte de proteína. A produção nacional de Babaçu atingiu cerca de 48.700 toneladas no ano de 2019, segundo o IBGE, envolvendo cerca de 37 comunidades produtoras, segundo a Conexsus. A amêndoa do babaçu possui 7,25 % de proteína e 66% de lipídeos. O seu óleo apresenta características funcionais interessantes por ser constituído de 83% de ácidos graxos saturados. Este produto, destinado à alimentação humana como suplemento alimentar, e, na medicina popular no tratamento de inflamações, já é produzido e comercializado por algumas comunidades (GFI, 2021).

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Foto: Pesquisa Escolar, 2021.

Com significativa produção nacional de cerca de 32.900 toneladas no ano de 2019 segundo o IBGE, a castanha-do-brasil in natura constitui uma favorável fonte proteica (15,60%) e lipídica (61,00%). O seu óleo possui uma boa qualidade nutricional (85% de ácidos graxos insaturados) e apresenta índices de acidez e peróxidos que atendem a legislação brasileira para óleos vegetais comestíveis (GFI, 2021).

 

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os temas abordados neste artigo levam a uma conclusão lógica, que muitos já falam: A Amazônia tem grande potencial de inovação para alimentos. Há tanto a ser descoberto e amadurecido que parece infindável a quantidade de informações encontradas nesse bioma. Porém, no meio disso tudo, existem pontos importantes a serem analisados: a importância da sustentabilidade tanto quanto da inovação. Não levaremos esses novos sabores se não olharmos para o desenvolvimento dos elos menos favorecidos das cadeias. Essa atitude mantém a insustentável cultura de exploração, na qual os pequenos produtores são obrigados a se configurarem em uma série de novas regras de qualidade, com um valor de compra pequeno.

Tão pouco conseguiremos manter a floresta em pé, se não nos preocuparmos com o manejo dessas cadeias: utilização do alimento de forma integral, aproveitamento de resíduo, menor consumo de água e produção de lixo nos processos que o modelo atual de inovação nos obriga. É preciso repensar a relação com os fornecedores, meio ambiente, novos processos para que tenhamos essa riqueza de funcionalidade nas nossas mesas mantendo não somente a nossa saúde, mas também a saúde da nossa amada floresta Amazônica.

E se você quer um produto revolucionário, sustentável, com a biodiversidade brasileira, conte com a Solucionária!

 

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REFERÊNCIAS

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