Então chegou o Natal e o que você fez?! Quando a pandemia do coronavírus foi declarada, e lá no começo de Março iniciamos a quarentena e o home-office, o fim do ano parecia um futuro bem distante. Agora é uma realidade e as comemorações de fim de ano estão chegando. Porém, desta vez serão um pouco diferentes, sem aquele encontro caloroso e afetivo com toda a família reunida.
Apesar de todas as dificuldades e desafios, esse foi um ano de muita reflexão, de abusar da criatividade para se adaptar ao novo cenário, de exercitarmos a empatia e agora um novo conceito emerge, o da alteridade.
Na alteridade você sabe que existem pessoas e culturas diferentes. Você se coloca no lugar da pessoa, mas não necessariamente consegue sentir o que ela sente. Porém, você entende, respeita e procura ajudar. Já na empatia a gente consegue sentir as emoções daquela pessoa. Conseguimos compartilhar do mesmo sentimento. Sentir suas dores, desejos e necessidades.
Esta época de virada de ano é repleta de sentimentos, de esperança, promessas, planejamentos. Muitos ficam dispostos a mudar de vida e iniciam o novo ano bem determinados.
Estamos passando por momentos bem desafiadores, de muitas mudanças. E falando em mudanças, que tal abrir a mente e tentar algo novo na sua ceia de Natal?
Os britânicos já expandiram a sua consciência e estão tentando algo novo nesse fim de ano. De acordo com uma pesquisa feita pela The Vegan Society, cerca de 5 milhões de britânicos terão, pela primeira vez, uma ceia natalina sem carne. 25% dos entrevistados disseram que esperam receber convidados veganos e vegetarianos. E 15% estão ansiosos para atender às necessidades de seus convidados. Eles responderam que essa mudança lhes dá a chance de experimentar mais na cozinha, testar novas receitas e conhecer novos sabores (LIVEKINDLY, 2020).
No Reino Unido, duas grandes redes varejistas já estão percebendo um aumento nas vendas dos análogos de carne à base de vegetais. As pré-encomendas plant-based de Natal aumentaram em 700% no Waitrose, enquanto que o Peru Vegano do Tesco já está esgotado (VEGANF&L, 2020).
No Brasil, não necessariamente por causa do Natal, mas as vendas de produtos plant-based já vem aumentando consideravelmente. No GPA, Grupo Pão de Açúcar, desde maio de 2019, quando iniciaram a venda do primeiro hambúrguer feito de plantas, as vendas dessa categoria de produtos cresceram a uma média constante acima de 150% (GPABR, 2020).
Em um ano, de 2019 para 2020, batemos recorde de lançamentos de produtos plant-based. E quem está investindo nessa categoria, está pensando estrategicamente e com muita inteligência. Dados de uma pesquisa feita pela Zion Market Research estimam que o mercado de análogos de carne, feitos à base de vegetais, valerá US$ 21 bilhões até 2025. O que corresponde a um crescimento anual médio de 8,6% (VEGNEWS, 2020).
Tudo isso indica um novo comportamento do consumidor, o qual está mais preocupado com a saúde, com a sustentabilidade, com o meio-ambiente e com os animais. Muitas pessoas já estão abertas a novas experiências, mas muitas ainda sentem dificuldade em mudar seus hábitos. O interessante da nova onda de produtos plant-based é que ela não veio para tentar mudar seus hábitos, veio para termos opções mais sustentáveis, algumas mais saudáveis, para o nosso dia a dia.
Os alimentos e preparações mais comuns do Natal envolvem principalmente produtos de origem animal, como o famoso peru assado, leitão assado, lombo de porco, pernil, bacalhau, salpicão, entre outros. Mas agora, com a explosão dos produtos à base de vegetais, os avanços das tecnologias, conseguimos ter alternativas para deixar nossa ceia completa, sem a necessidade de fazer um animal sofrer para termos uma refeição prazerosa.
Durante a ceia, muitas pessoas não associam os pratos natalinos ao processo que antecede a redução desses animais à alimentos. Numa data em que celebramos a vida, o nascimento, a união, a família, não percebemos quantas vidas são finalizadas para compor a mesa de Natal.
No Brasil, mais de 8 milhões de perus são mortos para a celebração natalina (PAIVA, 2020). Já nos Estados Unidos, o número sobe para mais de 46 milhões a cada ano apenas no Dia de Ação de Graças, e mais de 22 milhões morrem no Natal (PETA, 2020). Na natureza, a ave viveria em torno de 10 anos. Porém, na indústria, é morta com pouco mais de 2 meses. Seu peso varia de 3 a 6 quilos, considerado o ideal para o Natal. Após atingirem o peso, são transportadas em gaiolas apertadas até o matadouro. Depois são penduradas e abatidas (PAIVA, 2020).
Já o Chester da Perdigão ou Ave Natalina para outras marcas, é um tipo de frango geneticamente modificado. O frango comum pesa de 1,8 a 2,5 kg, enquanto o modificado tem pelo menos 4 kg. O que chama a atenção é que esse tipo de frango chega a 4 kg em menos de 50 dias. As fêmeas são abatidas com 35 dias (VEGAZETA, 2020). No primeiro trimestre de 2020, aqui no Brasil, o abate de frangos em geral chegou a 1,51 bilhão de animais (AGENCIABRASIL, 2020).
E quanto ao leitão assado? O qual é um bebezinho porco servido inteiro na mesa. A cada semana, 23 milhões de porcos são mortos no mundo para o consumo humano. A objetificação dos porcos tocou o coração da cineasta Eline Helena Schellekens, que lançou este ano o curta-metragem “M6NTHS”, cujo protagonista é um leitãozinho que será morto com poucos dias de vida para satisfazer o paladar humano. Com o documentário, Eline quis mostrar o ponto de vista do bebê porco, que passa sua curta vida em confinamento até ser morto ou reduzido a pedaços de carne (VEGAZETA, 2019).
O consumo de carne está exagerado, isso reflete não só na nossa saúde, quanto na saúde do planeta. É preciso repensar nossos hábitos alimentares, mas sabemos que não é uma tarefa fácil, pois possuímos uma memória afetiva em relação às comidas, principalmente quando relacionadas à datas comemorativas.
Neste artigo, apresentamos opções que além de serem as queridas “comfort foods”, trazem muito sabor e menos (muito menos) impacto para o meio-ambiente, sem a exploração animal. Afinal, o Natal é uma data para celebrarmos o amor, a bondade, a gratidão, o respeito. Então, nada melhor do que praticar atitudes tão nobres, a começar pelo seu prato.
Peru assado
Tofurky
A empresa americana Turtle Island Foods, responsável pela marca Tofurky, está há mais de 30 anos no mercado. Nos anos 90, decidiram inovar lançando um novo produto plant-based para festas de fim de ano: o Tofurky.
O nome “Tofurky” é um trocadilho com a palavra “turkey”, que significa “peru”, em inglês. O lançamento foi um sucesso e as vendas aumentaram muito após adicionarem o produto ao seu portfólio. O Tofurky é um assado vegano que substitui o peru. Sua base é feita de tofu e glúten. É um produto já temperado, pronto para ir ao forno, igualmente como um peru comum (TOFURKY, 2020).
A nova versão é ainda melhor: recheada. Eles aprimoraram e criaram uma versão com recheio de arroz integral, selvagem, e farofa. Tudo muito bem temperado com cebola, alho, salsão e outros temperos que nos remetem ao sabor natalino (TOFURKY, 2020).
Vegetarian Plus
Se você ainda quiser uma versão plant-based mais fiel, com o formato da ave, a californiana Vegetarian Plus lançou a sua versão à base de soja e trigo. Com “pele” crocante feita de tofu e recheado de molho de cogumelos (VEGETARIAN, 2020).p
Receitas
Como essas versões ainda não existem no Brasil e para quem quer fazer a sua versão em casa, seguem alguns sites com receitas:
Tender
Tofurky
A Tofurky, além do famoso peru, também possui alternativa para carne suína. O Tender, carne de porco, também é comumente consumida nesta época do ano. Na versão plant-based, ele apresenta uma textura macia e sabor defumado, característicos da versão animal. Sua base também é de tofu e glúten. Para acompanhar, um molho agridoce que se encaixa muito bem em carnes suínas. Ele é um produto pré-pronto, para assar. Após o preparo, você pode consumir fatiado, como aperitivo, em sanduíches ou servir como prato principal, complementando com seus vegetais favoritos (TOFURKY, 2020).
Salpicão
O salpicão é um prato comum na mesa dos brasileiros. Há diversas receitas e cada uma tem seu toque especial, mas os principais ingredientes para fazer esse prato típico são: maionese, cenouras, batatas, pimentão de várias cores, carne de frango ou peru, salsão, além de frutas como abacaxi, cereja, maçã verde e uva passa.
Para conseguir reproduzir esse prato na versão Plant-Based, é necessário buscar alternativas para a maionese, utilizando produtos à base de tofu, grão-de-bico ou outros ingredientes. Algumas empresas já oferecem essas opções, como a NotCo com a NotMayo (na versão tradicional e com alho), a maionese vegana Hellmann’s da Unilever, Ecobras com a versão de feita com tofu orgânico (também tem na versão temperada), dentre outras.
Para alternativas de carnes desfiadas temos a jaca, o frango vegetal e o tofu defumado que você pode desfiar no ralador.
Algumas empresas como o Açougue Vegano, a Casa da Coxinha Vegana e a Fazenda Burin apostaram na jaca desfiada sem tempero, sendo as duas últimas feitas de jaca orgânica.
Já se quiser adicionar frango vegetal, pode apostar nas versões de tiras de frango da Verdali ou de outros análogos de frango à base de vegetais que abordamos no nosso último artigo.
Lombo Assado
Fazenda Burin
A empresa Fazenda Burin, pensou na sustentabilidade e utilizou não só a conhecida carne de jaca, mas também o “palmito”, o “coração” da jaca. Essa parte da fruta não é tão conhecida, mas possui uma textura incrível, similar a de um palmito. Por possuir um sabor neutro, ela fica deliciosa com qualquer tempero.
Para facilitar o trabalho na cozinha, ela já vem temperada, pronta para ir ao forno. O produto já vem temperado com salsinha, cebolinha, alecrim, açafrão, limão, azeite de oliva e sal. Então é super prático, basta assar e saborear uma opção livre de produtos de origem animal.
Já se você quiser se jogar e fazer o lombo de jaca do zero, basta você comprar a jaca verde e prepará-la, como explica o André Fronza, do site Tempero Alternativo, neste artigo. Ele explica um pouco da anatomia da jaca verde e como consumir cada parte:
“Da jaca só se descarta a casca, o resto é tudo comestível! Do miolo se extrai o palmito de jaca , que tem sabor e textura bem parecidos com o palmito fresco, por isso o nome. Ao redor temos os caroços, cuja textura lembra o pinhão quando cozido. Podem ser consumidos como aperitivo ou legume. Já ao redor temos a carne de jaca, a parte mais fibrosa da fruta.”
Dica sustentável: a casca da jaca, apesar de não ser comestível, pode virar compostagem ao invés de descarte!
Além disso, já existem estudos que mostram que a casca de jaca carbonizada é uma boa precursora na produção de carvão ativado de alta qualidade, apresentando bons resultados na absorção de metais pesados da água (FOO; HAMEED, 2012).
E existem estudos brasileiros testando o enriquecimento proteico do resíduo de casca de jaca por meio de fermentação semissólida. “A utilização da levedura no meio semissólido do resíduo de casca de jaca viabiliza a obtenção de um suplemento proteico, que poderá posteriormente ser utilizado como fonte alternativa para alimentação animal” (SOUSA et al., 2020).
Sempre existirá uma solução ao descarte, basta pesquisarmos, estudarmos e testarmos!
Bacalhau
Incrível Seara
A Seara vem se destacando com a linha “Incrível” de produtos Plant-Based. Com o final de ano, a marca não poderia deixar de inovar com mais um produto: o bacalhau 100% vegetal. A novidade é uma edição limitada, pois mesmo em sua versão tradicional, ele não é um produto consumido com frequência. Porém, em datas comemorativas como Natal e Páscoa, ele é muito utilizado e apreciado, principalmente por sua versatilidade.
Pensando nisso, eles apostaram em uma versão desfiada e já temperada. O produto tem como base o grão-de-bico e a soja. Os temperos do Incrível Bacalhau já são comumente utilizados com bacalhau tradicional, como azeitona, pimentão amarelo, pimentão verde, azeite, tomate, alho, salsa e pimenta vermelha. Além de tudo, é fonte de ferro, rico em vitamina B12 e possui uma quantidade interessante de proteínas, 42g de proteínas por embalagem de 600g (SEARA, 2020).
Pernil
Incrível Seara
O pernil também é altamente consumido no Natal e a Seara lançou a sua versão plant-based desfiada, à base de soja, com molho barbecue (SEARA, 2020).
Eggnog (Gemada Alcoólica)
O Eggnog é uma típica bebida alcoólica norte-americana, altamente consumida na época natalina. É parecida com a gemada aqui no Brasil. Quem nunca assistiu um filme ou série americana em que os personagens bebiam o Eggnog até direto da embalagem?
As receitas podem variar de acordo com os segredos de família, mas geralmente levam gemas de ovos, açúcar, leite, creme de leite ou nata, noz moscada e uma bebida alcóolica (whiskey, rum ou conhaque).
Califia Farms
A californiana Califia Farms se tornou a marca mais reconhecida no setor de análogos de lácteos à base de vegetais dos Estados Unidos. Recentemente, receberam um investimento de US $225 milhões, liderado pela Qatar Investment Authority (QIA), e agora querem dominar o mundo (FORBES, 2020).
A marca além de ter um vasto portfólio de produtos plant-based, lançou uma versão especial de Natal do Eggnog em 2013. A bebida Holiday Nog, que era uma edição limitada, fez tanto sucesso que continua sendo vendida até hoje. É feita à base de amêndoas e não é alcoólica. Para dar a cor característica de gema, utilizam um concentrado de vegetais e, para o sabor, aromas naturais. Além da noz-moscada, a Califia deu o seu toque com gengibre (CALIFIA, 2020).
Uma preocupação, em se tratando de bebidas de amêndoas, é a sua produção exagerada e a exploração das abelhas. Com o aumento exponencial da demanda pela bebida no mundo, principalmente nos Estados Unidos, os agricultores tiveram que industrializar o seu cultivo, fazer maior uso de pesticidas para aumentar a produtividade e alugar colmeias de abelhas melíferas para suportar toda polinização, essencial no cultivo das amêndoas e de todos os frutos.
O problema é que as abelhas, que viriam polinizar naturalmente as pequenas plantações de amêndoas, não conseguem suportar a quantidade exagerada de amendoeiras e pesticidas. Para que elas fiquem saudáveis, elas precisam de diversidade de plantas para polinizar, mas a ganância faz com que só tenha uma monocultura gigante de amêndoas. Outro fator é que as abelhas melíferas competem com as diversas abelhas nativas e outras ameaçadas de extinção. Então, muitas abelhas estão morrendo, não só pelos pesticidas e monocultura, mas pela competição entre elas (GUIMARÃES, 2020).
A Califórnia é responsável pela produção de 80% das amêndoas do mundo. Atualmente, 60% das colmeias remanescentes nos Estados Unidos são utilizadas somente para polinizar as plantações californianas. Nos últimos seis anos já foram dizimadas cerca de 10 milhões de colmeias do país. Hoje, restam menos de 2,5 milhões de colmeias das 6 milhões existentes em 1947, o que significa uma taxa de mortalidade de 30% ao ano. Para se ter noção, a quantidade de colmeias necessárias para a polinização de maçã, segunda maior cultura de polinização da América, é apenas um décimo do número de abelhas que são utilizadas na polinização das amêndoas (CASTILHO, 2013).
A monocultura de amêndoas faz com que as abelhas não recebam nutrientes de diversos tipos de pólen, gerando um déficit nutricional, assim como gera uma aglomeração de abelhas em um único lugar, o que resulta no aparecimento de doenças (aglomeração sempre vai causar a transmissão de doenças sejam em animais humanos como não-humanos) e consequentemente a morte das abelhas (GUIMARÃES, 2020).
Além dessas ameaças, outro fator que exige muito das abelhas é o fato delas serem despertadas da dormência de inverno cerca de um a dois meses antes do normal. Durante o inverno de 2018 e 2019, cerca de 50 bilhões de abelhas foram dizimadas. Um número assustador, mais de 6 vezes a população humana global (GUIMARÃES, 2020).
Temos que lembrar que essas pequeninas, de uniforme preto e amarelo, são essenciais para a obtenção dos nossos alimentos. Pensando nisso, a Califia usa práticas de irrigação mais tecnologicamente avançadas e gerencia suas próprias colmeias para garantir que essas importantes polinizadoras prosperem e sobrevivam (FORBES, 2020).
So Delicious Dairy Free
Saindo das amêndoas e indo para o coco, a So Delicious Dairy Free, empresa que sempre está inovando, com um vasto portfólio de sorvetes, “iogurtes” e vários outros análogos aos lácteos, também lançou sua versão especial do Eggnog à base de coco (SO DELICIOUS, 2020).
Good Karma
Aparentemente, lá nos Estados Unidos já existem mais marcas de Eggnog à base de vegetais do que as de origem animal (GODAIRYFREE, 2020). Uma marca que fugiu do coco, da soja e da amêndoa foi a Good Karma, lançando o seu Nog especial à base de linhaça, em duas versões: Holiday Nog, com canela, cardamomo, cravo, noz-moscada e anis estrelado; e o Pumpkin Spice Nog, com a mesma base, só acrescentando um toque de abóbora (GOODKARMA, 2020).
Já falamos aqui das tendências de produtos com especiarias. Assim como, de especiarias brasileiras.
REFLEXÕES, INSIGHTS E CONCLUSÕES
2020 trouxe uma pandemia devastadora, uma trágica recessão econômica, um levante pela justiça racial, preocupações com o futuro do planeta (com o nosso futuro) e várias outras reflexões.
O mundo está passando por uma pandemia única, com muito sofrimento, inúmeras mortes, desestruturação de relações sociais, privação de meios de subsistência. Muitos países, pessoas, negócios foram impedidos de prosperar. Os sistemas de saúde foram sobrecarregados, desigualdades foram reveladas e instituições foram derrubadas.
Fomos todos confrontados com a verdadeira incerteza da existência humana e da sua vulnerabilidade
Muitos sonhos foram destruídos, muitos foram realizados, outros postergados e outros revalorizados.
Tivemos que usar da nossa criatividade para nos adaptar ao novo cenário, tivemos que ter força, coragem, fé, esperança.
Tivemos que ser caridosos, tivemos que nos colocar no lugar do outro, tivemos que pensar no próximo. Tivemos que nos reinventar, pensar no futuro (mesmo repleto de incertezas).
Tivemos que renascer.
Várias questões vieram à tona nesse período pandêmico. Qual a nossa missão? O que temos que aprender com tudo isso? O que ainda desejamos? Quem (o quê) é realmente importante para nós? O que realmente valorizamos?
A pandemia veio mostrar que riqueza, beleza, status e poder podem não ser tão importantes. Nos mostrou que é importante reconhecer o valor das pessoas ao nosso redor, dar sentido às nossas vidas.
Nos mostrou como é bom ter liberdade.
Além disso, mostrou que estamos exagerando muito e esgotando os recursos do nosso planeta. Estamos matando exageradamente, destruindo demais, explorando demais. Se continuarmos assim, o planeta irá colapsar e não teremos um bom futuro.
Apesar de tudo, temos que ser otimistas, temos que ter esperança. O cenário vai melhorar.
Novas oportunidades aparecerão.
É tempo de recomeçar!
Ainda dá tempo de repensar nossas ações e suas consequências!
Ainda dá tempo de realizar nossos sonhos!
Temos que aprender com tudo o que está acontecendo e evoluir.
Dificuldades acontecem para nos ensinar. Para evoluirmos na busca do bem, de sermos pessoas melhores.
Que 2021 seja um ano abençoado para todos nós!
Referências
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AGENCIABRASIL – Abate de frangos cresce no país no primeiro trimestre, 2020. Disponível em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-05/abate-de-frangos-cresce-no-pais-no-primeiro-trimestre#:~:text=O%20abate%20de%20frangos%20no,o%20primeiro%20trimestre%20de%202019.>. Acesso em: 14 de dezembro de 2020.
CALIFIA FARMS – Instagram, 2020. Disponível em: <https://www.instagram.com/califiafarms/>. Acesso em: 16 de dezembro de 2020.
CALIFIA FARMS – Join the plant-based revolution, 2020. Disponível em: <https://www.califiafarms.com/>. Acesso em: 16 de dezembro de 2020.
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ECOBRAS – Produtos. Disponível em: <http://www.ecobras.com.br/produtos/>. Acesso em: 15 de dezembro de 2020.
EMPÓRIO QUATRO ESTRELAS – Lombo de Jaca Verde Orgânica – Fazenda Burin. Disponível em: <https://www.emporioquatroestrelas.com.br/lombo-de-jaca-verde-organica-350g-fazenda-burin/p>. Acesso em: 15 de dezembro de 2020.
FAZENDA BURIN. Disponível em: <http://www.fazendaburin.com.br/>. Acesso em: 15 de dezembro de 2020.
FOO, K. Y.; HAMEED, B.H. – Potential of jackfruit peel as precursor for activated carbon prepared by microwave induced NaOH activation, 2012. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0960852412002295>. Acesso em: 15 de dezembro de 2020.
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