HAMBÚRGUERES VEGANOS: qual a diferença entre eles e os análogos de carne?

No último artigo abordamos os hambúrgueres Plant-Based, análogos de carne, também conhecidos lá fora como meatless burger ou meat-free burger (sem carne). Agora trataremos de algo que parece ser a mesma coisa, mas não é: os hambúrgueres veganos. Ambos são compostos de ingredientes vegetais, mas a ideia é outra. É um outro produto, para um outro público: os veganos.

Grande parte das empresas produtoras de hambúrgueres Plant-Based são multinacionais que já possuem produtos de origem animal em seu portfólio. Elas perceberam a necessidade (oportunidade) de se ajustar ao novo comportamento de consumo das pessoas. Principalmente, pensando em atender a um público que só cresce, os flexitarianos. Nestas multinacionais, os análogos de carne somente compõem uma linha vegetal, diferentemente de outras empresas que já nasceram focadas em produtos vegetais.

 

Várias multinacionais que lançaram análogos de carne à base de vegetais

 

Os flexitarianos são aqueles que seguem basicamente uma dieta vegetariana ou vegana no dia a dia, mas que se permitem comer alimentos de origem animal algumas vezes. Segundo uma pesquisa do The Good Food Institute, 29% de brasileiros já estão reduzindo ou querem reduzir o consumo de alimentos de origem animal. Ou seja, já existem mais de 60 milhões de pessoas conscientes dos benefícios em se diminuir o consumo de carne, leite, ovos e derivados (GFI, 2020).

Segundo a mesma pesquisa, 6% dos brasileiros se declaram vegetarianos ou veganos, o equivalente a quase 13 milhões de pessoas. Sendo que estes números só tendem a crescer. Essa mudança já é uma realidade no mundo todo e existem diversos motivos para este crescimento, sendo os principais: defesa dos animais, saúde, sustentabilidade, questões religiosas, sociais, éticas, dentre outras (GFI, 2020).

A maioria das pessoas se tornam veganas porque não concordam com nenhum tipo de exploração animal, incluindo os insetos. O veganismo vai muito além dos hábitos alimentares e impacta todas as escolhas cotidianas. É um estilo de vida, uma filosofia belíssima de amor aos animais e ao planeta. Essas pessoas não necessariamente desgostam do sabor dos produtos de origem animal, mas optam por não os consumir. Elas possuem a liberdade animal como propósito. Então, desde que a empresa siga todas as diretrizes para o produto ser considerado vegano, este é sim um possível consumidor.

 

Amor entre dois porquinhos filhotes e de uma mãe vaca com o seu filhote

Existem também muitos veganos que já não consomem carne porque não gostam das características sensoriais (sabor, cor, cheiro, textura, aparência). Portanto, este público não é o ideal para o direcionamento dos análogos de carne. Assim como, existem aqueles que se tornam veganos por questões de saúde e preferem consumir produtos menos processados e mais nutritivos. É aí que a oportunidade aparece para os hambúrgueres à base de vegetais que trazem apelos funcionais e que não querem se assemelhar aos de carne.

CONTROVÉRSIAS

Há uma grande polêmica sobre as denominações “hambúrguer” vegetal, feito de vegetais, vegano, plant-based. Isso porque a Instrução Normativa SDA nº 20, de 31 de julho de 2000 traz o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Hambúrguer, no qual existem padrões a serem cumpridos para que o produto se enquadre nesta categoria. Sendo a definição de Hambúrguer “o produto cárneo industrializado obtido da carne moída dos animais de açougue, adicionado ou não de tecido adiposo e ingredientes, moldado e submetido a processo tecnológico adequado”.

Portanto, de acordo com a legislação vigente, não poderíamos usar a definição de hambúrguer para produtos compostos somente de ingredientes de origem vegetal. Porém, por outro lado, os análogos de carne são realmente similares. Sua composição foi pensada em ser uma alternativa ao de origem animal, utilizando ingredientes e tecnologias a fim de garantir a semelhança nas características sensoriais.

Em 2018, a França proibiu o uso de termos cárneos e lácteos para produtos veganos, alegando que chamar um produto de hambúrguer de soja poderia levar o consumidor a engano. Sendo assim, as empresas teriam que o chamar de disco de soja ou moldado de soja (o que pensamos que pode confundir muito mais o consumidor). Para salsicha vegetal o termo fica ainda mais estranho, como chamar de tubo de soja, por exemplo. Porém, agora em outubro de 2020, a União Europeia aprovou a comercialização de vegetais com termos cárneos (NYTIMES, 2020).

Mistura de salsicha, tubos de tubulação, tubos de cosméticos, discos de vinil e hambúrgueres

Nos Estados Unidos, em 2019, também foi aprovada a proibição, mas logo o governo divulgou que a regra não seria mais válida e propôs um novo posicionamento. As empresas veganas agora podem utilizar termos de produtos cárneos desde que deixem bem claro que é composto de vegetais (VISTA-SE, 2019).

No Canadá, o governo revisou suas diretrizes sobre as denominações dos produtos análogos de carne e abriu uma consulta pública a fim de propor uma diferenciação desses produtos. No caso do hambúrguer, este nome poderia ser utilizado em análogos à base de vegetais, desde que o nome do ingrediente vegetal fosse associado na denominação (INSPECTION, 2020).

No Brasil, ainda está em discussão o uso ou não dos termos. Em maio de 2019, foi protocolado o Projeto de Lei (PL) 2876/2019 propondo a proibição de termos como “carne de jaca”, “carne de soja”, “bacon vegano”, “salsicha de soja”, “hambúrguer vegetal” ou outra denominação de produtos cárneos a produtos vegetais (VISTA-SE, 2019). Até o momento o projeto ainda não foi aprovado e segue “aguardando Parecer do Relator na Comissão de Defesa do Consumidor (CDC)” (CAMARA, 2020).

Também em 2019, 83 empresas se uniram contra a proposta, juntamente com outros ativistas, em defesa do mercado vegano. Eles criaram uma campanha a fim de mobilizar o direito da comercialização de produtos vegetais com nomes cárneos (VISTA-SE, 2019).

Se para os análogos de carne isso já é complexo, imagine para os hambúrgueres que são feitos de vegetais, mas nada se parecem com o de origem animal. E agora? Como chamá-los?

 

Menino pensativo e confuso

Algumas empresas utilizam da criatividade e inventam nomes totalmente diferentes. Outras, já optam por colocar a o nome em inglês ou simplesmente chamam de hambúrguer vegetal mesmo, já que muitos produtos já existem no mercado muito antes da legislação sair. Mas o importante é sempre ser transparente e não enganar o consumidor. Deixe bem clara a informação sobre a origem vegetal do produto!

O mundo está evoluindo e as mudanças estão acontecendo exponencialmente. Todos temos que nos adaptar, usar da nossa criatividade e inovar. Proibir tais termos, sendo que os consumidores já estão acostumados, pode ser um retrocesso.

Você conhece alguém que comprou hambúrguer vegetal enganado, achando que era de carne?! Mas não vemos muita mobilização sobre os vários hambúrgueres de carne que utilizam proteína animal de baixa qualidade junto com proteínas vegetais, gorduras vegetais e outros aditivos para ter seu custo reduzido, não é mesmo?!

Já que estamos falando sobre temas polêmicos, apresentamos a empresa Australiana Hemp Foods que é a maior empresa de alimentos à base de cânhamo do hemisfério Sul (HEMPFOODS, 2020).

 

Mr. Bean em choque deixando a xícara cair

 

Calma, vamos explicar a diferença entre maconha e cânhamo.

 

Denzel Washington aliviado

O cânhamo é uma planta de Cannabis cultivada por suas sementes, fibras e caule. As sementes são usadas na produção de alimentos, suplementos nutricionais, medicamentos e cosméticos. Ela produz um teor inferior a 0,3% de THC (tetrahidrocanabinol), composto responsável pelos efeitos psicoativos da planta. Ou seja, o cânhamo não possui propriedades psicoativas por definição e não apresenta nenhum risco a humanos (MEDIUM, 2020).

 

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Alguns países não permitem a comercialização e utilização da semente de cânhamo. O Brasil é um deles. Nos países em que há essa permissão, ela é amplamente utilizada. Sua qualidade nutricional se destaca quando comparada a outros vegetais comumente utilizados como a soja, milho e trigo. As sementes in natura possuem alto teor de proteína, em torno de 30%, podendo ser comparada significativamente com a soja. Além disso, possui outras vitaminas e minerais, como Vitamina E, Magnésio, Manganês, Fósforo, Zinco, Ômega 3 e Ômega 6. Outro ponto interessante é que a maior parte do seu cultivo não passou pelo mínimo melhoramento genético. É uma semente com grande potencial (MEDIUM, 2020).

Agora que já explicamos um pouco mais sobre a semente de cânhamo, vamos apresentar os hambúrgueres. A empresa Hemp Foods apresenta 3 versões: com tofu, com grão de bico e com feijão preto e beterraba. Todas as versões utilizam a semente orgânica e são fontes de proteínas, fibras e ômega 3 (HEMPFOODS, 2020).

 

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Outra empresa australiana que utiliza a semente de cânhamo é a Bean Supreme. Seu hambúrguer contém ingredientes bem interessantes além do cânhamo, como podemos ver na imagem e na lista de ingredientes a seguir (BEAN, 2020):

 

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A empresa e o produto chamam a atenção pela transparência na comunicação, tanto no site, quanto na própria embalagem, informando o percentual dos principais ingredientes utilizados. O intuito deles é trabalhar com ingredientes que os consumidores possam reconhecer e que sejam nutritivos para as pessoas e para o planeta. Todos esses benefícios garantem ao produto 5 estrelas (BEAN, 2020).

Essa classificação é chamada de “Health Star Rating System” e é uma iniciativa do governo australiano que atribui classificações de saúde a alimentos e bebidas embalados. O sistema foi criado em 2014 como medida preventiva para diminuir ou reverter a taxa de australianos com excesso de peso. O sistema varia de ½ a 5 estrelas e é voluntário (FGC, 2020).

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MERCADO NACIONAL

Um produto brasileiríssimo e muito interessante é o hambúrguer de fibra de caju da empresa carioca Sotille. O projeto foi desenvolvido em parceria com a Embrapa Agroindústria de Alimentos. O produto é rico em fibra, ferro e proteína (EMBRAPA, 2019) (FOODBEVG, 2020).

 

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O caju é muito conhecido por nós, sendo mais consumido em forma de suco. Sua castanha também é muito valorizada pelos brasileiros e agora ganhou mais destaque ainda por ser um excelente ingrediente em aplicações plant-based. A fruta é nativa da Região Nordeste, facilitando seu acesso e promovendo a valorização de frutas brasileiras. Só isso já reduz significativamente questões envolvendo impactos ambientais. Mas, essa parceria foi além, trouxeram uma solução sustentável aos subprodutos da indústria de suco, que muitas vezes eram descartados (EMBRAPA, 2020).

 

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De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017, o Brasil produziu quase 60 mil toneladas de caju, sendo que 75% correspondem à fibra, após o aproveitamento do suco e da castanha. Tem inovação melhor que essa? Eles conseguiram unir sabor, saúde e sustentabilidade de forma excepcional (EMBRAPA, 2019).

A marca Mun é especialista em tempê. Aqui no Brasil esse produto ainda não é muito difundido, mas tem grande potencial de ser explorado. O tempê é um alimento fermentado feito a partir da junção de 2 ingredientes: grãos cozidos e um fungo da família Rhizopus. Na produção do Tempê, os grãos são deixados de molho na água por 12 horas, descascados, cozidos e fermentados. O resultado é um bloco compacto comestível (MUN, 2020).

O tempê é originário da Indonésia, sendo produzido há vários séculos. Tradicionalmente é feito de soja, mas se pode usar qualquer outro tipo de vegetal. É considerado um bom substituto da carne devido ao seu alto teor de proteína e fibras. Muito versátil na culinária, ele pode ser preparado de diversas formas (MUN, 2020).

 

tempê

A empresa possui duas opções alternativas aos hambúrgueres, chamados de Discos Temperados de Tempê. O melhor de tudo: só temperos saborosos e naturais. Dá uma olhada: shoyu macrobiótico, páprica defumada, alho em pó, chimichurri (flocos de alho e cebola desidratados, salsa, cebolinha, pimentão vermelho e mostarda), óleo de girassol, cúrcuma, orégano e fumaça líquida (água e extrato natural de fumaça). Eles estão disponíveis nos sabores de soja (não transgênica) e de feijão fradinho com arroz negro. Ambos os produtos possuem alto valor nutricional, são ricos em proteínas e fibras (MUN, 2020).

A Superbom é uma empresa focada em produtos vegetarianos e veganos há anos. Sendo assim, não poderíamos deixar de mencionar seu hambúrguer vegano feito de grão-de-bico, arroz e quinoa. Eles acertaram em cheio na combinação de ingredientes, pois na nutrição vegetariana é importantíssimo combinar grãos e leguminosas para obter proteínas completas, com todos os aminoácidos essenciais. O produto é fonte de proteínas vegetais, contém vitaminas A, B9 e B12, além dos minerais zinco e ferro (SUPERBOM, 2020).

 

delicioso hambúrguer de grã-de-bico da Superbom

A empresa Gerônimo, não fez um, mas cinco tipos de hambúrgueres veganos. São combinações saborosíssimas e nutritivas (GERÔNIMO, 2020):

 

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Sempre antenado às tendências e oportunidades de mercado, o Grupo Pão de Açúcar também lançou a sua linha de produtos veganos. A nova linha faz parte da sua marca exclusiva de produtos saudáveis, a Taeq. A linha conta com um total de 5 produtos congelados, dentre eles, dois hambúrgueres: um de berinjela com castanha de caju e gergelim; outro de grão de bico com alho-poró (GPA, 2020).

 

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O potencial do mercado vegano está chamando a atenção de grandes investidores. A empresa Tensei mostrou para os tubarões que a sua “conta fecha” e garantiu um investimento de 225 mil reais no programa Shark Tank Brasil. A linha da Tensei conta com produtos sem soja e sem glúten, dois ingredientes alergênicos e presentes na maioria dos produtos veganos. Dentre os destaques da linha, está o hambúrguer orgânico de Quinoa e Cenoura (TENSEI, 2020) (HYPENESS, 2020).

 

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Fundada por um casal gaúcho (sim, existem muitos gaúchos veganos), a Tensei se preocupa com a sustentabilidade, já que todos os resíduos da fábrica são tratados com reciclagem ou compostagem, e as embalagens são feitas de plástico Celofane, material 100% biodegradável (TENSEI, 2020) (HYPENESS, 2020).

Eles conseguiram inovar ainda mais, lançando o “Veg to Go”, lanche pronto, feito com seu hambúrguer orgânico de quinoa e cenoura, pão vegano de painço e girassol, patê de inhame e espinafre e molho de ketchup rústico e mostarda. Quem não gosta de saúde, sabor e praticidade, não é mesmo?

 

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MERCADO INTERNACIONAL

A Holanda é uma referência em inovações e produtos à base de vegetais. Já existem várias empresas inovadoras por lá, mas a Botanic Bites quis ir além. A empresa não só lançou o seu hambúrguer de cogumelos, como também começou cultivando seus cogumelos ostra (shimeji-preto) em resíduos de café. Com o crescimento da demanda e conscientização do desperdício de alimentos logo no início da cadeia, eles encerraram a aventura como cultivadores e se conectaram diretamente com os agricultores locais. Daí, nasceram os seus primeiros produtos inovadores com alimentos que seriam descartados como tomate, cenoura preta e caules de vários cogumelos (BOTANIC, 2020).

 

Hambúrgueres de cogumelos e vegetais

 

Mais e mais agricultores contataram a Botanic Bites querendo colaborar e contribuir para um sistema alimentar à prova do futuro. Por exemplo, no início da crise do coronavírus, eles resgataram 1000 kg de cogumelos ostra-reais que deveriam ser servidos nos melhores restaurantes, dentro e fora da Holanda, mas tiveram que fechar durante a quarentena. Em uma semana, a Botanic Bites os transformou em deliciosos hambúrgueres, salgadinhos, salsichas e os entregaram em caixas de churrasco por todo o país, diretamente para os seus clientes entusiastas. Por isso ressaltamos: a tendência agora é uma nova era de colaboração e cocriação!

Outra grande referência em produtos veganos é a Alemanha. Lá a empresa Nu3 apresentou seu hambúrguer orgânico de jaca, grão de bico, ervilha e aveia (NU3, 2020).

 

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A jaca verde é bastante utilizada em análogos de carne. Tem um sabor bem neutro, então com a ajuda de temperos e outros ingredientes é possível obter produtos bem interessantes. Além de orgânica, a jaca utilizada pela empresa vem de parcerias com cooperativas de fazendeiros no norte da Índia, onde ainda há uma colheita manual. O hambúrguer de jaca causa muito menos emissões de CO2 quando comparado a produção de carne e hambúrgueres de origem animal (NU3, 2020).

 

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Hambúrgueres recheados são um sucesso! Apostando nessa máxima, a marca Vegable, do Reino Unido, lançou um hambúrguer de lentilha, temperado com cominho e coentro, recheado de molho de manga cremoso e picante. Uma combinação sensorial exótica, com equilíbrio de sabores picantes e agridoces (VEGABLE, 2020).

 

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Outro lançamento interessante e bem nutritivo é o da Dr. Praeger’s. O hambúrguer vegetal é feito com couve-flor, arroz integral, cogumelos crimini, quinoa, proteína de ervilha, fava, couve, ervilha, farelo de aveia, abobrinha, fibra de aveia e especiarias. Um hambúrguer contém 9 gramas de proteína vegetal e 7 gramas de fibras. Além disso, a Dr. Praeger’s criou o hambúrguer de couve-flor com a missão de ajudar os agricultores que enfrentaram dificuldades durante a pandemia do coronavírus. Como a empresa já trabalhava somente com ingredientes vegetais, ela tomou medidas para apoiar os agricultores locais criando este novo produto, fabricado exclusivamente com vegetais frescos (DR. PRAEGER’S, 2020).

 

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REFLEXÕES, INSIGHTS E CONCLUSÕES

São várias as oportunidades de inovação e aproveitamento de integral de vegetais, de subprodutos da indústria nessa categoria de produtos. Além da fibra de caju, podemos pensar nas cascas de banana, cascas e sementes de melão e melancia, dentre várias outras combinações que além de nutritivas, conseguem dar a consistência ideal por causa das fibras, além de garantir um sabor exótico e a sustentabilidade que o planeta tanto clama.

Apesar do direcionamento ao público vegano, a maioria das pessoas está abrindo sua mente para novas experiências, além de estarem mais conscientes sobre quais mudanças são necessárias para garantirem o seu bem-estar e do planeta. O maior consumo de vegetais e, consequentemente diminuição do consumo de origem animal, já é entendido pela grande massa como benéfico. Daí, surge a grande oportunidade de conquistar um público bem maior, lançando produtos saborosos, nutritivos e sustentáveis.

E se mesmo após todos esses lançamentos você ainda não se convenceu de que este é um mercado com grande potencial, trazemos agora alguns dados bilionários. De acordo com um novo relatório da Research and Markets, o mercado global de alimentos veganos foi avaliado em US$ 14,2 bilhões em 2018 e deve chegar a US$ 31,4 bilhões em 2026, registrando um CAGR de 10,5% de 2019 a 2026. O relatório afirma que o veganismo foi uma das principais tendências apontadas para a indústria de alimentos e bebidas (RM, 2019).

 

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REFERÊNCIAS

BEAN SUPREME – HEMP BURGERS, 2020. Disponível em: <https://beansupreme.com/products/?categories=2&SingleProduct=34>. Acesso em: 13 de novembro de 2020.

BOTANIC BITES – Instagram, 2020. Disponível em: <https://www.instagram.com/botanicbites/>. Acesso em: 13 de novembro de 2020.

BOTANIC BITES – Our story, 2020. Disponível em: <https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=220320https://www.botanicbites.com/the-circle>. Acesso em: 13 de novembro de 2020.

CAMARA – PL 2876/2019 Projeto de Lei, 2020. Disponível em: <https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=220320>. Acesso em: 13 de novembro de 2020.

EMBRAPA – Hambúrguer vegetal da Embrapa e Sottile no Rio Gastronomia 2019. Disponível em: <https://www.fgc.org.nz/health-star-rating-system-2/>. Acesso em: 13 de novembro de 2020.

DR. PRAEGER’S – Introducing Our New Limited Edition Farm Stand Cauliflower Burgers, 2020. Disponível em: <https://drpraegers.com/farm-stand-cauliflower-burgers/>. Acesso em: 12 de novembro de 2020.

FGC – Food & Grocery Council – Health Star Rating System, 2020. Disponível em: <https://www.fgc.org.nz/health-star-rating-system-2/>. Acesso em: 13 de novembro de 2020.

FOODBEVG – SOTTILE ALIMENTOS, 2020. Disponível em: <https://www.foodbevg.com/XX/Unknown/1772400109460786/Sottile-Alimentos>. Acesso em: 13 de novembro de 2020.

GERÔNIMO – Produtos, 2020. Disponível em: <https://www.geronimofoods.com.br/produtos>. Acesso em: 13 de novembro de 2020.

GFI – THE GOOD FOOD INSTITUTE – MERCADO DE PROTEÍNAS ALTERNATIVAS NO BRASIL, 2020. Disponível em: <http://gfi.org.br/wp-content/uploads/2018/10/GFI_prote%C3%ADnas_vegetais.pdf>. Acesso em: 13 de novembro de 2020.

GPA – TAEQ LANÇA LINHA VEGANA DE PRODUTOS CONGELADOS, 2020. Disponível em: <https://www.gpabr.com/pt/noticias-releases/marcas-exclusivas/taeq-lanca-linha-vegana-de-produtos-congelados/>. Acesso em: 12 de novembro de 2020.

GPA – Vegburger, 2020. Disponível em: <https://www.paodeacucar.com/busca?w=vegburguer&qt=12&p=1&gt=list&utm_source=ConquisteSuaVida&utm_medium=referral&utm_campaign=MarcasExclusivas>. Acesso em: 12 de novembro de 2020.

HEMPFOODS – Coles Store Range, 2020. Disponível em: <https://www.hempfoods.com.au/page/grounded-burgers/>. Acesso em: 12 de novembro de 2020.

HYPNESS – Não basta ser vegano: empresa gaúcha oferece alimentos sem soja e sem glúten, 2019. Disponível em: <https://www.hypeness.com.br/2019/08/nao-basta-ser-vegano-empresa-gaucha-oferece-alimentos-sem-soja-e-sem-gluten/>. Acesso em: 12 de novembro de 2020.

INSPECTION – Comment on: The proposed changes to guidelines for simulated meat and simulated poultry products, 2020. Disponível em: <https://www.inspection.gc.ca/about-cfia/transparency/consultations-and-engagement/proposed-changes/eng/1603132414260/1603132414885#shr-pg0>. Acesso em: 13 de novembro de 2020.

MEDIUM – Hemp Foods: O Incrível Potencial Nutricional do Cânhamo, 2019. Disponível em: <https://medium.com/tudosobrecannabis/hemp-foods-o-incr%C3%ADvel-potencial-nutricional-do-c%C3%A2nhamo-1b8bc11b22c4>. Acesso em: 12 de novembro de 2020.

MUN ARTESANAL – DISCOS TEMPERADOS, 2020. Disponível em: <https://www.munartesanal.com/product-page/discos-temperaos>. Acesso em: 12 de novembro de 2020.

NU3 – BIO JACKFRUIT BURGER, 2020. Disponível em: <https://www.nu3.de/products/nu3-bio-jackfruit-burger>. Acesso em: 13 de novembro de 2020.

NYTIMES – E.U. Says Veggie Burgers Can Keep Their Name, 2020. Disponível em: <https://www.nytimes.com/2020/10/23/world/europe/eu-plant-based-labeling.html>. Acesso em: 12 de novembro de 2020.

RM – Research and Markets – Vegan Food Market by Product Type and Distribution Channel: Global Opportunity Analysis and Industry Forecast, 2019-2026. Disponível em: <https://www.researchandmarkets.com/reports/4989525/vegan-food-market-by-product-type-and?utm_source=dynamic&utm_medium=CI&utm_code=6c5vrs&utm_campaign=1355521+-+The+Future+of+the+Vegan+Food+Market+to+2026%3a+Global+Industry+Overview%2c+Value+Chain+Analysis%2c+Lucrative+Segments%2c+Key+Player+Profiles%2c+Winning+Strategies&utm_exec=joca220cid>. Acesso em: 13 de novembro de 2020.

SUPERBOM – Burger de Grão-de-Bico Vegan, 2020. Disponível em: <https://superbom.com.br/produtos/carnes-vegetais/burger-grao-bico-vegan/#:~:text=O%20Hamb%C3%BArguer%20de%20Gr%C3%A3o%2Dde,o%20hamb%C3%BArguer%20de%20origem%20animal>. Acesso em: 12 de novembro de 2020.

SUPERBOM – Instagram, 2020. Disponível em: <https://www.instagram.com/superbombr/>. Acesso em: 12 de novembro de 2020.

TENSEI- Instagram, 2020. Disponível em: <https://www.instagram.com/tensei_vegano_saudavel/>. Acesso em: 12 de novembro de 2020.

VEGABLE – MANGO MAGIC!, 2O2O. Disponível em: <https://www.vegable.co.uk/mango-magic>. Acesso em: 12 de novembro de 2020.

VISTA-SE – 83 empresas brasileiras criam campanha contra PL que proíbe ‘carne vegetal’ em produtos veganos, 2019. Disponível em: <https://www.vista-se.com.br/83-empresas-brasileiras-criam-campanha-contra-pl-que-proibe-carne-vegetal-em-produtos-veganos/>. Acesso em: 12 de novembro de 2020.

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